• O Super Bowl fora do campo

    O Super Bowl fora do campo – Janguiê Diniz – Fundador e presidente do Conselho de Administração do grupo Ser Educacional – Presidente do Instituto Êxito de Empreendedorismo 

    O Super Bowl é a grande final da temporada de futebol americano nos Estados Unidos. No Brasil, seria como a final do Campeonato Brasileiro. É o maior evento televisivo do mundo, com audiência que passa dos 100 milhões de pessoas. Um acontecimento dessa grandeza extrapola o espaço das quatro linhas do campo: para muito além do jogo (quem lembra mesmo do campeão deste ano?), o Super Bowl é lugar de negócios. 

    Dentro do estádio, o jogo foi vencido pelo Kansas City Chiefs, que levou um prêmio de US$ 157 mil por cada integrante da equipe. Fora dele, muito mais dinheiro estava em jogo. A Fox, que transmite com exclusividade a partida, cobrou cerca de US$ 7 milhões por cada comercial de 30 segundos exibido nos intervalos – e não faltaram grandes anunciantes. Marcas disputam esse valioso espaço de propaganda, vitrine para o mundo inteiro. 

    Mas uma estrela se sobressaiu em meio a todo o burburinho do Super Bowl: Rihanna. A cantora, longe da música desde 2017, causou alvoroço ao revelar que faria o show do intervalo da grande final. Muito mais do que cantar e dançar, ela utilizou o espaço para transmitir mensagens e ainda lucrar. Rihanna havia dado um tempo na carreira para se dedicar ao empreendedorismo, com suas marcas de cosméticos, Fenty Beauty, e lingeries, Savage x Fenty – que a tornaram bilionária. 

    Em seus 13 minutos de apresentação no Super Bowl, a barbadense foi muito além da música. Ela anunciou a gravidez do segundo filho, gerando buzz sobre si mesma. Quebrou paradigmas e trouxe uma mensagem de empoderamento para as mulheres: afinal, estava no maior evento televisivo do mundo, cantando e dançando sobre plataformas suspensas no ar. Tudo isso grávida. Ainda fez publicidade: no meio do show, parou para “retocar a maquiagem”, o que instantaneamente fez com que as buscas pelo produto utilizado, de sua marca Fenty Beauty, disparassem. E seu show foi meticulosamente preparado para ser uma experiência proveitosa para os fãs. Resultado: a apresentação em si teve audiência maior do que o próprio jogo e as pesquisas sobre a marca de cosméticos subiram 833%. 

    O que se pode aprender do episódio? Rihanna é uma grande empreendedora, modelo a se prestar atenção. Inteligente, sagaz, consciente do que pode fazer. Além disso, é muito boa no marketing: sabe criar desejo, antecipação, além de senso de pertencimento e inclusão. É claro que ninguém precisa participar do Super Bowl para atrair atenção. Tem que começar com os recursos e ferramentas que tem, mas com muita determinação, foco e obstinação. Entender o público, saber cativá-lo e oferecer experiências diferenciadas de compra são vantagens competitivas que se agrega ao negócio. Não é apenas a Rihanna que pode vender bem. 

    Esta postagem foi publicada em 24 de fevereiro 2023 as 19:56:46 e está arquivada em Noticias em Destaque  e   teve até o momento 300 Visualizações
    Escreva sua resposta

    Seu e-mail não será publicado.

    *
    *